Psicopatologia: Hetero-agressividade; Auto-agressividade; Patologia e tratamento


Introdução


Neste presente trabalho em grupo iremos reflectir sobre o conceito de Hetero ± agressividade, auto ± agressividade e por fim, patogenia e tratamento. A Psicopatologia é um ramo da Psicologia e da Psiquiatria que estuda as perturbações psicológicas, ou seja, a natureza e o desenvolvimento dos comportamentos, pensamentos e emoções anormais (perturbações patológicas). O seu objecto é o doente e o seu objectivo é observar e descrever os sintomas, que é o ponto de partida para a elaboração de um futuro diagnóstico e tratamento (ajudar o doente). A terapia já é trabalho dos psicólogos clínicos e dos psiquiatras. Ao observar e descrever os sinais psicopatológicos é importante compreender o comportamento do doente dentro do seu contexto social e não isoladamente. é dentro deste contexto que os conteúdos serão desenvolvidos ao longo do trabalho. O presente trabalho de pesquisa é fruto de consulta bibliográfico.

1. Conceito de Psicopatologia e a sua compreensão


Psicopatologia pode ser definida como estudo descritivo dos fenómenos psíquicos de cunho anormal, exactamente como se apresentam à experiência imediata, de forma independente dos problemas clínicos. Estudando os gestos, o comportamento e as expressões dos enfermos além de relatos e auto descrições feitas pelos mesmos.

De acordo com PAIM (1992)[1], o estudo desses elementos contribui para o conhecimento de fenómenos que conhecemos por nossa própria experiência, fenómenos os quais temos apenas noções e fenómenos que se caracterizam por não impossibilidade de descrição podendo ser alcançados apenas por analogias.

A Psicopatologia diferencia-se da Psiquiatria por ser uma ciência normativa que estuda e classifica fenómenos e não como um ramo da clínica médica aplicada sem objectivar necessariamente tratamento e assistência aos doentes mentais.

Segundo BAUMGART (2006)[2], O termo foi empregado primeiramente por Ermming Naus, predecessor de Kraeplin, desde 1878 como sinónimo de “psiquiatria clínica”. Adquire seu atual significado pela obra de Karl Jaspers publicada em 1913, Psicopatologia Geral (AllgemeinePsychopatologie).

A partir desse livro JASPERS (1913), tenta construir uma teoria geral das questões relativas a enfermidade psíquica. Entretanto, segundo BAUMGART (2006), actualmentePsicopatologia tem dificuldades de coesão teórica devido aos muitos discursos que abarca. Percebe-se que os conhecimentos a ela relativos parecem constituir-se apenas como um aglomerado de especialidades[3].

Psicopatologia está ligada a diversas disciplinas: as psicologias, as psiquiatrias e o corpo teórico psicanalítico. Dentro da Psicologia liga-se com Psicologia Clínica (dedicada ao diagnóstico e estudo da personalidade), Psicologia Geral (noções de subjectividade, intencionalidade, representação, actos voluntários etc), e ainda Psicologia ligada às neurociências, tradições hindus e outros[4].

Para Jaspers[5], a Psicopatologia seria responsável pelo estudo das manifestações da consciência sejam essas manifestações consideradas normais ou anormais.A Psicopatologia deve considerar o individuo globalmente atentando sempre para os padrões de normalidade aonde o indivíduo a ser questionado está inserido, não se deixando guiar “cegamente” pelos sintomas. Considerar um sintoma isolado é fazer com que o objectivo principal de entende-lo (compreender o indivíduo) seja esquecido[6].

1.2. Conceito de Patologia e sua compreensão

Para Vanessa dos Santos[7]O termo Patologia, cujo sentido é “estudo das doenças”, deriva do grego pathos, que significa doença, e logos, que significa estudo. Apesar do significado, a Patologia não estuda todos os aspectos das doenças, pois está mais voltada para a análise das alterações que elas provocam em células, tecidos e órgãos. Dessa forma, a Patologia é considerada a base científica da Medicina e tem por finalidade explicar os mecanismos que levam ao desenvolvimento de sinais e sintomas de uma enfermidade.

A Patologia pode ser dividida em duas áreas: Patologia Geral e Patologia Especial.

Ø  Patologia Geral: Essa área volta-se para o estudo das reacções presentes em células e tecidos em decorrência de uma doença. Nesse caso, o estudo analisa as reacções básicas, portanto, não realiza a análise das reacções específicas.

Ø  Patologia Especial ou Patologia Sistémica: Essa área é voltada para as respostas específicas que ocorrem em órgãos e tecidos em decorrência de uma determinada doença.

Patologia Clínica, também chamada de Medicina Laboratorial, é uma especialidade médica que se baseia na análise de exames de laboratório clínico, como exames de sangueurina, fezes e outros materiais biológicos[8]

Essa especialidade permite identificar modificações no funcionamento do corpo, o que pode ajudar na prevenção, no diagnóstico e até no tratamento de uma determinada doença.Entretanto, isso só é conseguido se os exames apresentarem resultados confiáveis e a análise de dados for feita de maneira criteriosa. Omédico especialista em Medicina Laboratorial é chamado de patologista clínico.Assim como na Patologia Clínica, o estudo adequado das alterações permite identificar doenças como o câncer e garante um tratamento adequado[9].

Alguns ramos importantes da patologia incluem[10]:
Ø  Patologia Anatómica -esta área da patologia envolve o exame dos espécimes cirúrgicos removidos do corpo ou o exame do corpo inteiro (autópsia) para investigar às vezes e doença do daignose. Ao examinar uma biópsia, os seguintes aspectos são considerados:- Anatómicos Brutos campo da amostra; - Aparência Microscópica das pilhas; Assinaturas Químicas na amostra; Marcadores Imunológicos actuais nas pilhas e Biologia Molecular das pilhas, dos órgãos, dos tecidos e do corpo às vezes inteiro

A patologia Anatómica é classificada mais em especialidades secundárias, exemplos de que inclua[11]:


  • Patologia Cirúrgica - Isto envolve o exame dos espécimes obtidos durante a cirurgia tal como uma biopsia da protuberância do peito obtida durante a mastectomia

  • Histopatologia - Isto refere o exame das pilhas sob um microscópio depois que foram manchados com tinturas apropriadas.

  • Cytopathology - No cytopathology, as pilhas que foram derramadas em líquidos corporais ou obtidas raspando ou aspirando o tecido são examinadas. Os exemplos Típicos incluem a mancha cervical, o escarro e lavagens gástricas.

  • A patologia Judicial envolve postmortem o exame de um cadáver para a causa de morte usando um processo chamado autópsia.

  • Dermatopathology refere-se ao estudo de doenças de pele.


Ø  Patologia Clínica - Este ramo da patologia envolve a análise do laboratório de líquidos de corpo (tais como o sangue, a urina ou o líquido cerebrospinal) e do tecido corporal para o diagnóstico da doença. Alguns dos subspecialities principais da patologia clínica incluem:

  • A patologia Química, igualmente chamada química clínica, envolve a avaliação de vários componentes em líquidos corporais tais como o sangue ou a urina, embora para a parte principal se refira à análise do soro e do plasma de sangue.

  • A Imunologia ou o immunopathology referem o estudo de desordens do sistema imunitário tais como imunodeficiência, rejeção da órgão-transplantação e alergias.

  • A Hematologia ou o hematopathology referem-se à investigação e ao diagnóstico de doenças de sangue.


Qualquer patologia clínica da qual a mulher saiba ser portadora deve ser tratada antes da concepção.Se a paciente for portadora de alguma patologia crónica em tratamento, deve discutir com o seu médico a conveniência e as contra-indicações de possível gravidez.O tratamento de patologias simples, como a acne, por exemplo, pode constituir-se em contra-indicação absoluta para a gravidez, dependendo da medicação utilizada.Existe, no mercado farmacêutico, quantidade muito ampla de medicações teratogênicas, ou seja, capazes de produzir malformações fetais graves. Deste modo, durante a utilização clínica de qualquer remédio, a mulher deve estar absolutamente certa de que não vai engravidar[12].

Da mesma forma, a detecção precoce de certas patologias clínicas pode ser de fundamental importância na condução de determinados casos.Um exame clínico de rotina por médico generalista é muito importante para detectar patologias como, por exemplo, a hipertensão arterial, um sopro cardíaco desconhecido ou qualquer doença passível de tratamento[13].

O facto de os exames serem realizados antes da gravidez não quer dizer que não possam ser repetidos durante a gestação. A vantagem de serem realizados também antes da concepção reside no facto de que as doenças poderão ser tratadas de maneira mais adequada, antes da gravidez, eventualmente com antibióticos ou medicações que são absolutamente contra-indicadas durante a gestação. No caso da detecção de diabetes ou, eventualmente, de outras doenças renais graves, a possibilidade de gravidez pode ser até contra-indicada, dependendo da avaliação pormenorizada de cada caso.

Ø  Patologia Molecular - A patologia Molecular é um campo multidisciplinar que se centre sobre a doença a nível submicroscópico, molecular. Os Aspectos estudados podem incluir uma mistura da patologia anatómica, da patologia clínica, da genética, da biologia molecular e da bioquímica.[14]

2.Conceito de hetero- + agressividade e sua compreensão


Hetero- + agressividade - Agressividade em relação ao exterior do próprio indivíduo[15].Para deixar isto claro, vamos definir em que consiste a heteroagressividade. Neste caso nos referimos à agressividade que agrupa todo tipo de comportamento agressivo direccionado a um objecto externo (diferente da auto-agressividade: guarda-chuva sob o qual se englobam todas as condutas onde o agressor e a vítima são a mesma pessoa).Isto é, este fenómeno engloba um conjunto de padrões muito diferentes em intensidade e tipologia. Sendo assim, inclui comportamentos como gestos agressivos, briga física, expressões verbais e insultos, etc.

2.1. Características da heteroagressividade


É possível diferenciar uma série de características que fazem deste fenómeno algo único e singular. As mais importantes são[16]:

Ø  Este tipo de conduta agressiva sempre está direccionada a outras pessoas ou elementos externos, nunca para si mesmo. Isto é, se afasta dos preceitos da autoagressividade. O indivíduo somente foca em outras pessoas, e não em si mesmo.

Ø  Engloba todo tipo de comportamento agressivo, desde o ponto de vista verbal, como físico e gestual.

Ø  A heteroagressividade está relacionada à biologia humana, associada ao sentido de território e ao instinto sexual.

Ø  Esta alteração da personalidade se manifesta no indivíduo em todos os níveis. Isto é, vai desde um ponto de vista emocional até o social e cognitivo, passando pelo físico.

Ø  A nível emocional, esta alteração aparece através de manifestações de cólera ou raiva.

Ø  Outra manifestação comum é por meio de transformações especificas no uso da linguagem, o tom de voz, gestos e expressões faciais, etc.

Ø  Uma pessoa que sofre da heteroagressividade costuma mostrar uma personalidade obsessiva, autodestrutiva e com mania de perseguição.

Ø  Um quadro heteroagressivo costuma afectar negativamente a esfera social e de relacionamentos da pessoa.

2.2. Como surge a heteroagressividade


Existem três síndromes que caracterizam especialmente a heteroagressividade. Trata-se de um fenómeno que pode ser facilitado por transtornos como a esquizofrenia, a bipolaridade ou a depressão, e mostra certos factores claros:


Ø  Comportamento perturbador-  Implica uma série de condutas perturbadoras para outras pessoas. Apelam para a infância, e se apresentam em forma de transtorno dissocial e negativismo, e inclusive atitudes desafiadoras, algo típico das crianças com menos de 10 anos. Sendo assim, o seu comportamento se torna desobediente, provocador, fortemente hostil e muito desafiador, muito além dos limites normais.


Quanto ao transtorno dissocial, também atribuído à infância, mostra padrões repetitivos que tendem a violar os direitos básicos das outras pessoas e normas sociais aceitas.

Ø  Temperamento explosivo  - Os afectados mostram uma conduta conhecida como transtorno explosivo intermitente, caracterizado pela perda total de controle sobre os impulsos agressivos.


Este efeito desencadeia uma agressividade muito desproporcional para com o factor que a disparou, e se manifesta através de ataques físicos e verbais. Isso pode durar segundos ou minutos, mas desaparece de forma espontânea normalmente.

Ø  Agitação - Também acarreta um quadro de hiperactividade motora junto com alteração emocional, principalmente através do medo, da angústia e da ansiedade. Neste caso, a intensidade pode ser muito variada, de leve a intensa e violenta.Este factor pode aparecer por diferentes situações, como reacção aos remédios ou substâncias tóxicas, infecções sistemáticas, transtornos neurológicos, etc.


As consequências da heteroagressividade costumam ser várias e causadas por diversos factores. Podem apresentar comportamentos de delito, atitudes destrutivas, soluções pouco realistas dos problemas, quadros de ansiedade, etc.

3.Conceito de Auto- + agressividade

Auto- + agressividade- Agressividade em relação ao próprio indivíduo[17].Auto-agressividade é a atitude em que o indivíduo comete actos contra si mesmo, ferindo-se, machucando-se ou punindo-se de alguma maneira.

Ocorre usualmente em pessoas com transtornos mentais, como esquizofreniadisfunção alimentarretardo mental e alguns episódios de depressão.

Conclusão


No campo de estudo da psicopatologia, todo trabalho se relaciona com um caso particular. “Os limites do profissional de saúde consistem em jamais poder reduzir o indivíduo humano a conceitos psicopatológicos”. Deve considerar o indivíduo globalmente atentando sempre para os padrões de normalidade aonde o indivíduo a ser questionado está inserido, não se deixando guiar “cegamente” pelos sintomas. é importante levar em conta o Estudo descritivo dos fenómenos psíquicos de cunho anormal, exactamente como se apresentam à experiência imediata, de forma independente dos problemas clínicos. Estudando os gestos, o comportamento e as expressões dos enfermos além de relatos e autodescrições feitas pelos mesmos.

Bibliografia

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,https://www.priberam.pt/dlpo/heteroagressividade 

https://psicologado.com/psicopatologia/psicopatologia-introducao-e-definicao © Psicologado.com

http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-patologia.htm

http://www.docsystems.med.br/puericlt/tratpat.htm

https://amenteemaravilhosa.com.br/heteroagressividade.



[1]Fonte: https://psicologado.com/psicopatologia/psicopatologia-introducao-e-definicao © Psicologado.com
[2]idem.                                                                                                                                                                    
[3]idem.
[4]idem.
[5]Fonte: https://psicologado.com/psicopatologia/psicopatologia-introducao-e-definicao © Psicologado.com
[6] Idem.
[7] Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-patologia.htm
[8]
[9]http://www.docsystems.med.br/puericlt/tratpat.htm
[10]idem.
[11]idem.
[12] Fonte: http://www.docsystems.med.br/puericlt/tratpat.htm
[13] Idem.
[14]idem.
[15]in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,https://www.priberam.pt/dlpo/heteroagressividade [consultado em 06-03-2018].
[16]https://amenteemaravilhosa.com.br/heteroagressividade/[consultado em 06-03-2018].
[17]in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008 2013, https://www.priberam.pt/dlpo/autoagressividade .consultado em 06-03-2018.

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