Base de dados

Base de dados

Base de dados é um conjunto de dados inter-relacionados e armazenados em algum dispositivo. Por exemplo, pode ser uma lista de material existente num armazém, endereços, dados dos empregados, informações sobre clientes ou facturas.


Os dados, numa base de dados estão organizados segundo uma estrutura e interligados, tendo em vista:
► Serem partilhados por programas de diferentes aplicações e em ambientes diferentes.
► Não permitir a redundância ou repetição de informação.
► Manter a sua integridade e protecção.
► A eficácia do sistema.

   Propriedades de base de dados

 Uma base de dados possui seguintes propriedades:
 É uma colecção lógica e coerente de dados com um significado inerente.
 Uma disposição desordenada dos dados não pode ser referenciada como uma base de dados.
 É projectada, construída e povoada com dados para um propósito específico.
Possui um conjunto pré-defenido de usuários e aplicações.
 Representa algum aspecto do mundo real, que normalmente é designado minimundo. Qualquer alteração efectuada no mini mundo é automaticamente reflectida na base de dados.
Uma base de dados pode ser criada e mantida por um conjunto de aplicações desenvolvidas especificamente para esta tarefa ou por um Sistema Gerenciador de Base de Dados (SGBD).
Um SGBD é uma colecção de programas que permitem aos usuários criar e manipular uma base de dados. Um SGBD é, um sistema de softwere de propósito geral que facilita o processo de definir, construir e manipular bases de dados de diversas aplicações.
A construção de uma base de dados é o processo de armazenar os dados em algum meio que seja controlado pelo SGBD.
A definição de base de dados envolve a explicação de tipos de dados a serem armazenados na base de dados.
A manipulação uma base de dados indica a utilização de funções como a de consulta, recuperação de dados específicos, modificação da base de dados para reflectir mudanças no minimundo (inscrições, actualizações e remoções), e geração de relatórios.
O conjunto formado por uma base de dados incluindo as aplicações que manipulam o mesmo é chamado (Sistema de base de dados).

Ficheiros de dados, registo e campos

Nos sistemas informáticos a informação é organizada fundamentalmente sob forma de ficheiros. Estes ficheiros podem ser de vários tipos. Sob ponto de vista que nos interessa, os ficheiros podem responder a dois tipos bem distintos de informação.
Programas – que são ficheiros que armazenam intrusões, procedimentos ou rotinas para executar em computador.
Ficheiros de dados – que correspondem á informação produzida e manipulada pelos utilizadores, como, por exemplo, documentos de textos, imagens e folhas de calculo.
Numa base de dados podemos ter um ou mais ficheiros de dados, os quais são manipulados por um ou mais programas de aplicação.
Um ficheiro de dados de uma base pode conceber-se como arquivo de fichas.
Quando se define a estrutura de um registo a que ter em conta;
►A entrada da informação;
►A saída da informação;
►O procedimento da informação;
►A flexibilidade, ou seja, a facilidade de adaptação à evolução das necessidades.
Os ficheiros de base de dados que acabamos de referir, em muitos casos podem representar-se por tabelas, em que as linhas contêm registos e as colunas definem os campos.

Aplicações de base de dados

Já se fez referência aos diversos campos de actividades onde são aplicadas necessariamente as bases de dados, mas, mesmo assim, em jeito de resumo, pode se dizer que as bases de dados são aplicados em:
Bancos: para informações de clientes, contas, empréstimos e todas as transacções bancárias.
Linhas aéreas: para reservas e informações de horários. As linhas aérias foram umas das primeiras a usar bases de dados de maneira geograficamente distribuída.
Universidades para informações de alunos, registos de cursos e notas.
Transacções de cartão de crédito: para compras com cartões de crédito e geração de facturas mensais.
Vendas: para informações de clientes, produtos e compras.

Conceitos de SGBD - sistema de gestão de bases de dados

Para criar e gerir bases de dados são necessários programas específicos, normalmente designados SGBD – Sistemas de Gestão de Bases de Dados (ou DBMS- Database Management Systems).
Os SGBD são programas que permitem criar e manipular bases de dados, em que os dados são estruturados com independência relativamente aos programas de aplicacao que os manipulam.
A independência dos dados num SGBD significa que épossivel alterar a estrutura dos dados, sem que isso implique necessariamente reformular o programa que opera com os dados (o SGBD).
Exemplo:
► Microsoft Access.
► Foxpro.
► Informix.
► Oracle.
► Microsoft SQL Server.
► PostGreSQL.
► MySQL.
► Firebird.

Sistemas de ficheiros vs SGBD

Podemos manter a informação utilizando sistemas de ficheiros ou SGBDˈs. mas deve-se ter em conta que a quantidade de informação  tem tendência de ser grande e a aumentar com o tempo, tornando-se quase impossível mantê-la em memória, o que requer a utilização de dispositivos de armazenamento de grande capacidade. A utilização que se pretende dar à informação é determinada na decisão da utilização de um SGBD.

Vantagens de SGBD

► Independência dos dados.
► Acesso eficiente aos dados.
► Redução do tempo de desenvolvimento de aplicações.
► Integridade e segurança dos dados.
► Administração dos dados.
► Acesso concorrente e recuperação de falhas.

Quando não devemos utilizar u SGBD

Em algumas situações, o uso de um SGBD pode representar uma carga desnecessária aos custos quando comparado com a abordagem de processamento tradicional de arquivos, como, por exemplo:
► Alto investimento inicial na compra de software e hardware adicionais.
► Generalidade que um SGBD fornece na definição e processamento de dados.
► Sobrecarga na provisão de controlo de segurança, controlo de concorrência, recuperação e integração de funções
Problemas adicionais podem surgir caso os projectistas da base de dados ou os administradores da base de dados não elaborarem os projectos correctamente ou se as aplicações não são implementadas de forma apropriada. Se o DBA não administrar a base de dados de forma apropriada, tanto a segurança como a integridade dos sistemas podem ser comprometidas. A sobrecarga causada pelo uso de um SGBD e a má administração justificam a utilização da abordagem de processamento tradicional de arquivos nos seguintes casos:
► A base de dados e as aplicações são simples, bem definidas não se espera mudanças no projecto.
► A necessidade de processamento em tempo real de certas aplicações, que são terrivelmente prejudicadas pela sobrecarga causada pelo uso de um SGBD.
► Não haverá múltiplo acesso a base de dados.

Visão de dados     

Um SGBD é uma colecção de arquivos e programas inter-relacionados que permitem aos utilizadores o acesso a consultas e alterações dos dados. O maior benefício de uma base de dados é o de proporcionar ao utente uma visão abstracta de dados. Isto é, o sistema acaba por ocultar determinados detalhes sobre a forma de armazenamento e manutenção de dados.
Abstracção de dados
     Para que se possa usar um sistema, ele precisa de ser eficiente na recuperação de informações. Esta eficiência está relacionada com a forma como foram projectadas as complexas estruturas de representação desses dados na base de dados. Já que muitos dos utilizadores dos sistemas de bases de dados não são treinados em computação, os técnicos em desenvolvimento de sistemas omitem essa complexidade aos utentes por meio dos chamados níveis de abstracção, de modo a facilitar a interacção dos usuários com o sistema. Assim, tem-se:
   ► Nível físico ou esquema interno – é o mais baixo nível de abstracção que descreve como os dados estão de facto armazenados – estrutura de dados e ficheiros usados.                         
   ► Nível lógico ou esquema conceptual – este nível médio de abstracção descreve os dados que estão a ser armazenados na base de dados e quais os interrelacionamentos existentes entre eles. Assim a base de dados como todos é descrito em termos de um número relativamente pequeno de estruturas simples. Este nível compreende todos os dados, atributos, relações, restrições sobre os dados informação semântica dos dados, informação de integridade e segurança.
  ► Nível de visão ou esquema externo – o mais alto nível de abstracção descreve apenas parte da base de dados, portanto, ocupando-se do modo como os dados são vistos pelos utilizadores individuais, é uma descrição personalizada e parcial dos dados. Cada vista externa inclui as entidades, atributos e relações que são relativas para o utilizador ou departamento em causa. Na verdade, muitos dos usuários da base de dados não precisam de conhecer todas as suas informações. Pelo contrário, os usuários utilizam normalmente apenas parte da base de dados.
► Nível externo correspondências entre sinais.
► Nível conceptual correspondências entre nível conceptual e interno.
► Nível interno correspondência entre nível interno e base de dados.

Modelo de dados

Sobe a estrutura da base de dados está o modelo de dados: um conjunto de ferramentas conceituadas usadas para a descrição de dados, relacionamentos entre dados, semântica de dados e regras de consistência. Os mais comuns são modelos lógicos com base em objectos e modelos lógicos com base em registo.

Modelo lógico com base em objectos

Os modelos lógicos com base em objectos são usados na descricao de dados no nivel lógico e de visões. Existem vários modelos nessa categoria, e outros ainda estão por surgir. Alguns são amplamente conhecidos, como:
► Modelo entidade - relacionamento.
► Modelo Orientado para o Objecto.

Modelo entidade – relacionamento

Este modelo tem por base a percepção do mundo real como conjunto de objectos básicos, chamados entidade, e dos relacionamentos entre eles. Uma entidade é uma coisa ou um objecto do mundo real que pode ser identificado por outros objectos.

Modelo oriente a objectos  

Como o modelo ER, este tem por base um conjunto de objectos. Um objecto contém valores armazenados em variáveis instâncias dentro do objecto. Um objecto também contém conjuntos de códigos que operam o objecto. Tais conjuntos de códigos são chamados operações.

Modelo lógico com base em registo

Estes modelos são usados para descrever os dados no nível lógico e de visão.
Os modelos de base em registo são assim chamados porque a base de dados é estrutura por meio de registo de formato fixo de todos os tipos. Cada registo define um número fixo de campos ou atributos, e cada campo possui normalmente tamanho fixo.
Os 3 modelos de base de dados com base em registo mais comummente são: o relacional, o de rede e hierárquico.

Modelo relacional

Este modelo usa um conjunto de tabelas para representar tanto os dados como a relação entre eles, quer dizer, a estrutura fundamental do modelo relacional é a relação (tabela) constituída por um ou mais atributos (campos) que traduzem o tipo de dados a armazenar. Cada instância do esquema (linha) é chamada tupla (registo). As tabelas abaixo apresentam um exemplo de base de dados relacional em duas tabelas: uma mostra os clientes do banco e outra as suas contas.
R _cliente
N_cliente
M_cliente
Rn_cliente
12345
Yuri Obri
Matola
101
24576
Vipke DˈOliveira
Maputo
201
12897
Wilherm DˈOliveira
Maputo
201
10784
Nahedade Rissani
Beira
401
10784
Nahedade Rissani
Beira
502

Nr_conta
Saldo
101
500
201
400
401
300
502
600

Modelo de rede

Os dados neste modelo são representados por um conjunto de registo e as relações entre estes registos são representados por links (ligações), as quais podem ser vistas por ponteiros. No modelo em rede, os registos são organizados em gráficos onde aparece um único tipo de associação (set) que define uma relação 1:N entre 2 tipos de registos; propriamente e membro. O diagrama para representar os conceitos do modelo em redes consiste em dois comportes básicos; caixas, que correspondem aos registos e linhas, as associações.

Modelo de hierárquico

O modelo hierárquico foi o primeiro a ser reconhecido como um modelo de base de dados. O seu desenvolvimento somente foi possível devido à consolidação dos discos de armazenamento endereçáveis, pois esses discos possibilitaram a exploração da sua estrutura de endereçamento físico para viabilizar a representação hierárquica de informações. Neste modelo de dados, estes são estruturados em hierarquias ou árvores. Os nos das hierarquias contém ocorrências de registos onde cada registo é uma colecção de campos atributos – cada um contendo apenas uma informação. O registo da hierarquia que precede outros é o registo – pai, os outros são chamados registos – filhos. Portanto, o modelo hierárquico é similar ao modelo em rede, pois os dados e as suas relações são representados, respectivamente, por registos e links. A diferença é que, no modelo hierárquico, os registos são organizados em árvores e não em gráficos arbitrários. 

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