Os métodos da Ciência Política: As perspectivas básicas e análise dos factos políticos



Os métodos da Ciência Política: As perspectivas básicas e análise dos factos políticos
As técnicas de Investigado e Analise em Ciência Politica
Segundo FERNANDES (2010,p.36) A abordagem deste tema quer em todas as Perspectivas, implica a investigação. Esta é indutiva na medida em que parte dos factos, a serem recolhidos, observados, analisados e sistematizados como tarefa inicial. Esta investigação deve atender a três princípios o processo politico determina: Principio de Objectividade, inteligibilidade ou determinismo e racionalidade, cabendo ao investigador usar a que melhor se adequa para o tipo de abordagem necessária.

Existem factores que constituem barreiras para a investigação dos factos com destaque a fraca abertura das pessoas assim como, das instituições em fornecer informações convenientes para o investigador por diversas razoes, tais como: o segredo, o segredo do estado e outras que são vistas como privadas pelo provedor da informação.

Perspectivas de Investigação e Analise em Ciência Politica
1.      Perspectiva das tendências individuais
Esta perspectiva, baseia-se no princípio de que a acção politica, tem sempre como origem o homem individualmente considerado. Sua estratégia é averiguar a posição do agente politico em relação aos problemas do domínio da Ciência Politica de modo a prever as suas decisões e intervenções. Os políticos e cientistas olham para esta perspectiva como sendo de grande prestígio. Lewis Froman, define a como a predisposição de um indivíduo para analisar alguns aspectos sociais ou físicos.
Quando os biógrafos falam de um homem é sempre evidente que fazem uma relação com um tipo de homens. Olha se para esta como sendo provável razão pela qual esta perspectiva evoluiu referimo-nos a teoria da compreensão (Learnig theory).

2.      Perspectiva Racionalista
 a perspectiva em 1., que é limitado ao individuo, considera que grande parte do conhecimento político é emocional, isto é, não assenta em escolhas conscientes. A. Moreira (1979).
Esta teoria é contrariada pela tradição secular do pensamento político, que procura explicar o comportamento político em temas de objectivo racionalmente seleccionados pelos agentes. Hobbes partiu do princípio hedonístico que descreve o homem como procurando realizar, como menor custo aquilo que considera o seu interesse.
A presente perspectiva não exclui a anterior, defende que todos os factores entram em questão na escolha do comportamento politico. Mas a presente é totalizante no sentido em que, toma em conta a personalidade básica do individuo ou grupos e, os objectivos conscientemente seleccionados como os que traduzem-se na futurologia a curto, médio e longo prazo,

3.      Perspectiva Funcionalista
Nesta procura se explicitar a função desempenhada por uma entidade ou órgão, no âmbito de uma determinada estrutura social e os termos que correspondem as expectativas e as necessidades fundamentais do respectivo grupo humano organizado.
Bibliografia: MOREIRA, Adriano et all, ciência, p.89

4.      Perspectiva Sistemática
Esta perspectiva teve origem na biologia, com os trabalhos de Bertalanffy sobre a célula no começo do século XX, como ponto de partida. Na Ciência política foi introduzida por Talcott Parson e aplicada por David Easton, influenciando Karl Deutsch e Jean-William Lapierre nos seus trabalhos, que serviram com mais-valia o desenvolvimento desta perspectiva.
Parson, considera que toda a acção humana apresenta características de um sistema, inscrevendo uma organização de relações de interacção entre o agente e a situação na qual se encontra. o sistema geral da acção social, desempenha quatro principais funções a conhecer: Adaptação, Realização de Objectivos, Integração e Alimentação.

Técnicas de Pesquisa de factos políticos
Analise documental
E preciso questionar o valor do documento que temos em posse para extrair a informação. Em Ciência Politica  os métodos de analise documental dividem se em duas categorias (métodos clássicos ou tradicionais) que advêm da analise  de factos históricos, (métodos quantitativos modernos) onde de vários documentos extrai-se apenas o essencial

Observação directa
Método usado desde dos primórdios como Aristóteles e Tocqueville, que não se basearam apenas em livros, mas também em observar através de viagens empreendidas, onde conversavam com outros políticos e cidadãos de modo a desenvolverem ideias julgadas convenientes e necessárias.

  • Bibliografia: FERNANDES, António José, Introdução à Ciência Política, 3ª Ed., Porto Editora,2010

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