Petróleo Bruto e Gás Natural
Petróleo
Origem· Petróleo (do latim
petroleum, petrus = pedra + oleum = óleo, e do grego, "óleo da
pedra", é uma substância oleosa, inflamável, geralmente menos densa que a
água, com cheiro característico e coloração que pode variar desde o incolor ou
castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho). Trata-se de
uma combinação complexa de hidrocarbonetos, composta na sua maioria de
hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos, podendo conter também
quantidades pequenas de nitrogénio, oxigénio, compostos de enxofre e íons
metálicos, principalmente de níquel e vanádio. Esta categoria inclui petróleos
leves, médios e pesados, assim como os óleos extraídos de areias impregnadas de
alcatrão. Materiais hidrocarbonetos que requerem grandes alterações químicas
para a sua recuperação ou conversão em matérias-primas para a refinação do
petróleo, tais como óleos de xisto crus, óleos de xisto enriquecidos e
combustíveis líquidos de hulha, não se incluem nesta definição.
O
petróleo é um recurso natural abundante, porém sua prospecção envolve elevados
custos e complexidade de estudos. É também actualmente a principal fonte de
energia, servindo também como base para fabricação dos mais variados produtos,
dentre os quais destacam-se benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão,
polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. Já foi causa de muitas guerras e
é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no Oriente Médio.
Além de gerar a gasolina que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a parafina, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação.
Além de gerar a gasolina que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a parafina, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação.
Ocorrência
O petróleo é encontrado em reservatórios
tanto em terra como no mar, principalmente em bacias de origem sedimentar.
Muitas vezes o petróleo pode estar associado a camada de gás natural.
Trata-se de uma combinação complexa de hidrocarbonetos
composta na sua maioria por hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos, podendo
conter também quantidades pequenas de nitrogénio, oxigénio, compostos de
enxofre e iões metálicos, principalmente, de níquel, vanádio e chumbo.
Sendo um recurso fóssil não renovável, o
petróleo é a principal fonte de energia dos países desenvolvidos e a base para
o fabrico dos mais variados produtos, de entre os quais se destacam as
benzinas, o diesel, a gasolina, a parafina, a cera, o alcatrão, os plásticos e
até mesmo muitos medicamentos. Tal facto torna o petróleo num dos produtos mais
procurados, valorizados e usados a nível mundial.
Propriedades físicas
O petróleo bruto é um líquido oleoso,
viscoso, menos denso que água e insolúvel nesta. Apresenta uma coloração que
varia entre o cinzento-escuro e o negro, é inflamável e tem um cheiro
característico.
Composição química
Quimicamente, o petróleo bruto é formado
por uma mistura de hidrocarbonetos líquidos, entre os quais alcanos,
cicloalcanos, alguns alcenos e alcinos bem como certos compostos aromáticos,
que se encontram em diferentes proporções, dependendo da origem da mistura.
Além daqueles constituintes, o petróleo bruto contém uma pequena quantidade de
compostos inorgânicos, como o enxofre, o nitrogénio, o oxigénio e metais.
Extracção
O processo de extracção do petróleo
bruto depende do tipo de reservatório em exploração. Existem dois tipos de
reservatório: os jazigos subterrâneos encontrados em terra, em locais que eram
originalmente bacias sedimentares marinhas, e, em maior quantidade, no mar, onde
o petróleo se encontra entre uma camada de água e uma camada de gás natural.
O petróleo extrai-se mediante a
perfuração de um poço sobre o jazigo. Regra geral, na parte inferior
encontra-se uma camada de água e na parte superior acumulam-se gases comprimidos,
dos quais o metano é o mais abundante. Normalmente, as perfurações podem ir até
alguns quilómetros de profundidade.
No jazigo, os gases comprimidos actuam
sobre o líquido, obrigando-o a subir pelo canal aberto. Depois de algum tempo,
a pressão dos gases torna-se insuficiente para conduzir o petróleo até a
superfície, razão pela qual a extracção passa então a ser realizada com recurso
a bombas.
Os poços de petróleo encontram-se normalmente ligados a uma rede de oleodutos (pipelines) que conduzem o petróleo até ao seu tratamento primário onde é desidratado e estabilizado, eliminando os compostos mais voláteis. Posteriormente, é transportado parta as refinarias para um tratamento subsequente que consiste na sua refinação. Se a pressão não for suficiente usam-se outros mecanismos, como bombas, injecção de água ou de gás, entre outras técnicas para propulsionar o petróleo para o exterior.
Os poços de petróleo encontram-se normalmente ligados a uma rede de oleodutos (pipelines) que conduzem o petróleo até ao seu tratamento primário onde é desidratado e estabilizado, eliminando os compostos mais voláteis. Posteriormente, é transportado parta as refinarias para um tratamento subsequente que consiste na sua refinação. Se a pressão não for suficiente usam-se outros mecanismos, como bombas, injecção de água ou de gás, entre outras técnicas para propulsionar o petróleo para o exterior.
Refinação
O petróleo bruto tem que passar por uma refinação antes
de ser consumido. A refinação consiste numa série de tratamentos físicos e
químicos que visam a separação do petróleo bruto em numerosos componentes, os
chamados derivados. De acordo com as características do petróleo bruto,
escolhe-se um entre os vários processos de refinação. Contudo, há passos
obrigatórios seguidos por qualquer processo.
O petróleo bruto é inicialmente
submetido à destilação fraccionada. Esta técnica, de forma sumária, consiste em
aquecer o petróleo bruto e conduzi-lo à parte inferior de uma torre, denominada
torre de fraccionamento ou coluna de destilação. No seu interior, a torre
dispõe de uma série de pratos ou vasos colocados a diferentes alturas. Quando o
petróleo é aquecido até à sua temperatura de ebulição liberta vapores que sobem
pela coluna através de tubos soldados aos pratos e cobertos por campânulas, de
maneira que os vapores são forçados a borbulhar através do líquido que há nos
pratos. O nível de líquido de cada prato é determinado pela altura de um tubo
de retorno que conduz o excesso de líquido ao prato imediatamente inferior.
Os componentes mais voláteis (substâncias mais leves) de baixo ponto de ebulição, as cendem continuamente pela coluna de fraccionamento em direcção ao topo da coluna, que é a parte mais fria, até condensarem. Os componentes de elevado ponto de ebulição condensam-se em diferentes alturas da coluna e refluem para baixo. Desta maneira consegue-se que, a uma determinada altura da coluna, a temperatura seja sempre a mesma, e que o líquido condensado em cada prato tenha sempre a mesma composição química. Esses produtos de composição química definida chamam-se fracções e são formadas, principalmente, por gás metano, gasolina, petróleo e gasóleo.
Os componentes mais voláteis (substâncias mais leves) de baixo ponto de ebulição, as cendem continuamente pela coluna de fraccionamento em direcção ao topo da coluna, que é a parte mais fria, até condensarem. Os componentes de elevado ponto de ebulição condensam-se em diferentes alturas da coluna e refluem para baixo. Desta maneira consegue-se que, a uma determinada altura da coluna, a temperatura seja sempre a mesma, e que o líquido condensado em cada prato tenha sempre a mesma composição química. Esses produtos de composição química definida chamam-se fracções e são formadas, principalmente, por gás metano, gasolina, petróleo e gasóleo.
Na base da coluna de fraccionamento,
onde a temperatura é mais elevada, fica um resíduo que ainda contém fracções
voláteis. Se, para estas serem recuperadas, o resíduo for aquecido a
temperaturas ainda mais elevadas, ele decompõe-se. Por isso, para que a
destilação prossiga, o resíduo é transladado por meio de bombas para outra
coluna, onde, sob uma pressão reduzida próxima do vácuo (diminuindo a pressão
diminui a temperatura de ebulição ), continua em ebulição a uma temperatura
mais baixa, não destrutiva, e as fracções vaporizam-se. Esta destilação
adicional decompõe o resíduo em óleo diesel ( "fuel-oil" ), óleo
lubrificante, asfalto (piche) e cera parafínica.
Destilação
Fraccionada
A destilação constitui uma separação,
puramente física das diferentes substâncias misturadas no petróleo bruto. Deste
modo, a destilação não altera a estrutura das moléculas e, assim sendo, as
substâncias conservam a sua identidade química.
Para a obtenção de maior número e
variedade de produtos, as fracções mais pesadas são partidas em fracções leves
pelo processo de Cracking. Este processo consiste, essencialmente, em decompor
pelo calor e/ou por catálise (uso de um catalisador), as moléculas grandes das
substâncias pesadas, cujo ponto de ebulição é elevado, para obter substâncias
constituídas por moléculas de tamanho menor e que correspondem a substâncias
mais voláteis, logo com ponto de ebulição mais baixo. Deste modo, por exemplo,
o fuel-oil (óleo combustível pesado) pode ser convertido em gasolina.
O processo oposto ao cracking chama-se
polimerização e consiste, essencialmente, em combinar moléculas pequenas de
derivados do petróleo para formar outras maiores e mais pesadas, por exemplo os
"plásticos".
Os processos de destilação do petróleo
variam conforme a procura de mercado dos diferentes produtos. As fracções
obtidas podem ser, posteriormente, misturadas umas às outras para a obtenção de
produtos com as propriedades desejadas.
Cracking
A grande revolução do petróleo ocorreu
com a procura crescente dos combustíveis, em particular da gasolina, associada
à invenção dos motores de combustão interna e ao fabrico de automóveis em
elevado número.
Assim, a gasolina passou a ser uma das
fracções mais importantes e mais usadas do petróleo bruto. A fracção da
gasolina representa 20% do petróleo. A gasolina não é uma fracção pura de um
composto mas sim uma mistura de hidrocarbonetos voláteis (alcanos e compostos
aromáticos). Como esta fracção é a de maior consumo, os químicos procuraram
desenvolver um processo que permitisse obter uma maior quantidade de gasolina.
Este processo foi descoberto nos EUA e recebeu o nome de Cracking, palavra
inglesa que significa quebrar.
Cracking é um processo que consiste na quebra das cadeias carbónicas dos hidrocarbonetos de maior massa molecular, originando hidrocarbonetos médios e inferiores constituintes da fracção da gasolina.
Cracking é um processo que consiste na quebra das cadeias carbónicas dos hidrocarbonetos de maior massa molecular, originando hidrocarbonetos médios e inferiores constituintes da fracção da gasolina.
O Cracking pode ser térmico
(decomposição por aquecimento) ou catalítico (decomposição por acção de
catalisadores).
C15H32 C9H20 + C3H6 + C2H4 +
C + H2
Os alcenos obtidos do Cracking do
petróleo são usados como matéria-prima no fabrico de polímeros através de
reacções de polimerização.
A Importância do Petróleo
A importância que tem o petróleo em nossa existência é imensa: se este
precioso líquido viesse a falar, as nossas cidades, as nossas indústrias, os
meios de transportes parariam como por efeito de uma mágica, e uma súbita
paralisia bloquearia quase todas as nossas actividades. Mas, é tão importante
assim o petróleo? Certamente, e não só por que faz mover os automóveis, os
navios, os aviões, mas, também, porque ele tem uma infinidade de aplicações e
empregos, além do campo de transportes, tanto que podemos dizer que os produtos
derivados do petróleo são utilizados, sob as formas mais diversas, praticamente
em tudo.
Para percebermos o porquê do petróleo
ser tão importante para a nossa economia e para o nosso dia-a-dia, temos de
entender de que forma é que o petróleo nos beneficia. Nós como comunidade,
valorizamos todas as fontes de petróleo, porque pudemos utilizá-los para
substituírem trabalho humano, ora isto é lógico, mas o que eu gostava aqui de
quantificar era esta relação entre o petróleo e o trabalho humano. Por exemplo,
sempre que liga uma lâmpada de 100 watts, é o mesmo de ter numa divisão da sua
casa um ser humano a pedalar, o mais depressa que consegue, para manter essa
lâmpada acesa.
Deste modo, a energia gasta por este ser
humano é a mesma que a energia consumida por esta lâmpada. Utilizando esta
informação, agora iremos analisar qual é a energia humana necessária para o
gasto de uma só pessoa num curto espaço de tempo. Consequentemente, para o uso
de apenas a água quente para tomar banho e um aspirador, seriam necessários
serviços de cerca de 50 ciclistas. Esta quantidade de pessoas para satisfazer
apenas a necessidade de uma pessoa, excede o número de escravos utilizados nos
tempos da monarquia. Desta forma, podemos efectivamente dizer que vivemos como
Reis, embora possamos não dar o devido valor a todas as facilidades que temos
hoje em dia, pelo facto de parecer algo tão comum que por vezes o tomamos como
garantido. E agora eu pergunto que quantidade de trabalho existe em apenas 4
litros de gasolina? Bem, se introduzir estes 4 litros no seu carro e
conduzi-lo, até ficar sem combustível e depois der a volta e empurrar o carro
até ao ponto de partida, irá descobrir. Estes 4 litros de gasolina têm a
energia equivalente, a 500 horas de trabalho forçado, se quiser calcular de
outra forma isto dá 12,5 semanas de trabalho de 40 horas semanais. Então e
agora se tivesse de dar um valor a estes 4 litros de gasolina quanto daria? 4
Euros? 10 Euros? Se fosse pagar a alguém, por exemplo, 15 euros por hora, para
esta pessoa empurrar o seu carro até casa, poderíamos assim avaliar estes 4
litros de combustível em 7500 euros.
Não há dúvida que, além da forma como o petróleo trabalha incansavelmente, para tornar as nossas vidas mais fáceis, o petróleo é um milagre em muitas outras formas. E agora novamente eu questiono, com que facilidade é que pudemos substituir o papel do petróleo e o nosso estilo de economia de crescimento baseada no consumo? Pois eu rapidamente respondo, não muito facilmente, pois presentemente, usamos o petróleo para quase tudo, principalmente para transporte, sendo esta actividade responsável por 70% de todo o consumo de petróleo. É ainda de salientar que ao nível dos processos industriais, o petróleo é a matéria-prima principal para inúmeras necessidades da vida, por exemplo, para a produção de plásticos, tintas, fertilizantes, processos químicos, etc. Quando consideramos outros potenciais fontes de combustível, descobrimos que quase todas são incapazes de suprir estas necessidades. Os biocombustíveis e o carvão podem potencialmente suprir algumas destas funções, mas não certamente sem um enorme programa de reinvestimento. Assim, é de considerar que a quantidade de trabalho que o petróleo realiza para si, é o equivalente a ter centenas de escravos a seu mando. Fica claro que, é esta matéria-prima que faz das nossas vidas aquilo que são, afirmando ainda que o nível de vida que nós vivemos hoje, faria inveja a qualquer Rei do passado.
Não há dúvida que, além da forma como o petróleo trabalha incansavelmente, para tornar as nossas vidas mais fáceis, o petróleo é um milagre em muitas outras formas. E agora novamente eu questiono, com que facilidade é que pudemos substituir o papel do petróleo e o nosso estilo de economia de crescimento baseada no consumo? Pois eu rapidamente respondo, não muito facilmente, pois presentemente, usamos o petróleo para quase tudo, principalmente para transporte, sendo esta actividade responsável por 70% de todo o consumo de petróleo. É ainda de salientar que ao nível dos processos industriais, o petróleo é a matéria-prima principal para inúmeras necessidades da vida, por exemplo, para a produção de plásticos, tintas, fertilizantes, processos químicos, etc. Quando consideramos outros potenciais fontes de combustível, descobrimos que quase todas são incapazes de suprir estas necessidades. Os biocombustíveis e o carvão podem potencialmente suprir algumas destas funções, mas não certamente sem um enorme programa de reinvestimento. Assim, é de considerar que a quantidade de trabalho que o petróleo realiza para si, é o equivalente a ter centenas de escravos a seu mando. Fica claro que, é esta matéria-prima que faz das nossas vidas aquilo que são, afirmando ainda que o nível de vida que nós vivemos hoje, faria inveja a qualquer Rei do passado.
Principais derivados do
petróleo e suas aplicações
A utilização do petróleo bruto como
combustível e matéria-prima expandiu-se muito rapidamente com o desenvolvimento
da ciência e da tecnologia. Isto criou uma grande dependência económica de
países que não produzem os derivados do petróleo, como é o caso de Moçambique e
outros.
A indústria que transforma os derivados
do petróleo bruto denomina-se indústria petroquímica. Ela obtém vários produtos
derivados do petróleo como plástico, derivados do eteno, pesticidas,
herbicidas, fertilizantes e fibras sintéticas a partir do petróleo.
A tabela que se segue
apresenta os derivados do petróleo e as suas principais aplicações.
Derivado do petróleo
|
Nº de Átomos de carbono
na molécula
|
Temperatura de Ebulição
aproximada (ºC)
|
Aplicações
|
Gás Natural
|
C1 a C4
|
Até 20 ºC
|
Combustível doméstico e
industrial.
|
Éter de petróleo
|
C5 a C6
|
20º a 60ºC
|
Solvente industrial para
compostos orgânicos.
|
Nafta
|
C6 a C7
|
60ºC a 100ºC
|
Solvente industrial para
compostos orgânicos
|
Gasolina
|
C6 a C12
|
50ºC a 200ºC
|
Combustível para motores
de explosão (automóveis)
|
Querosene
|
C10 a C14
|
150çC a 275ºC
|
Combustível para jactos,
foguetões e para iluminação e aquecimento doméstico.
|
Óleo diesel
|
C12 a C20
|
175ºC a 350ºC
|
Combustível para navios,
camiões, comboios...
|
Óleos lubrificantes
|
C20 a C36
|
350ºC a 550ºC
|
Óleos para lubrificação
|
Graxas
|
>C20
|
Acima de 550ºC
|
Graxas e vaselina
|
Asfalto
|
>C36
|
Resíduos
|
Asfalto para
pavimentação de estradas
|
Os maiores produtores de petróleo bruto do Mundo são o Irão, o Iraque, o Kuwait, a Arábia Saudita, os EUA, ex-URSS, a Venezuela, a Roménia, a Nigéria, a Angola, a Indonésia, a China e a Líbia, entre outros em menores quantidades.
As grandes companhias petrolíferas no
Mundo são a British Petroleum (BP), a Shell, a Imperial e a Rockerfeller.
Zonas de prospecção de
petróleo em Moçambique
Em Moçambique há três zonas de
prospecção de petróleo. Uma situa-se na bacia do rio Zambeze, no distrito de
Inhaminga, na província de Sofala, outra na bacia do rio Rovuma, na província
de Cabo Delgado, e a terceira na baía de Bazaruto, na província de Inhambane.
Há informações segundo as quais a bacia
do Rovuma, no Norte de Moçambique, tem condições geológicas similares às do
golfo do México e um potencial para produzir 3 mil milhões de barreis de
petróleo. Até ao momento já foram investidos cerca de 300 milhões de dólares em
pesquisa na bacia do Rovuma e pouco mais de 100 milões de dólares na bacia de
Moçambique. Na região Sul do País, a companhia petroqímica Sul-africana sasol,
em parceria com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), tem um contrato de
pesquisa e produção de petróleo na zona Offshore de Pande e Temane, junto à
baía de Bazaruto.
Gás Natural
Origem
O gás natural é uma mistura de
hidrocarbonetos leves encontrada no subsolo, na qual o metano tem uma
participação superior a 70 % em volume. A composição do gás natural pode
variar bastante dependendo de fatores relativos ao campo em que o gás é produzido,
processo de produção, condicionamento, processamento, e transporte. O gás
natural é um combustível fóssil e uma fonte de energia não-renovável.
Composição
A composição do gás natural pode variar muito, dependendo de fatores relativos ao reservatório, processo de produção, condicionamento, processamento e transporte. De uma maneira geral, o gás natural apresenta teor de metano superiores a 70% de sua composição, densidade menor que 1 e poder calorífico superior entre 8.000 e 10.000 kcal/m3, dependendo dos teores de pesados (etano e propano principalmente) e inertes (nitrogênio e gás carbônico).
A composição do gás natural pode variar muito, dependendo de fatores relativos ao reservatório, processo de produção, condicionamento, processamento e transporte. De uma maneira geral, o gás natural apresenta teor de metano superiores a 70% de sua composição, densidade menor que 1 e poder calorífico superior entre 8.000 e 10.000 kcal/m3, dependendo dos teores de pesados (etano e propano principalmente) e inertes (nitrogênio e gás carbônico).
Ocorrência·
O gás natural é encontrado
no subsolo através de jazidas de petróleo, por acumulações em rochas porosas,
isoladas do exterior por rochas impermeáveis, associadas ou não a depósitos
petrolíferos. É o resultado da degradação da matéria orgânica de forma anaeróbica
oriunda de quantidades extraordinárias de micro-organismos que, em eras
pré-históricas, se acumulavam nas águas litorâneas dos mares da época. Essa
matéria orgânica foi soterrada a grandes profundidades e, por isto, sua
degradação se deu fora do contato com o ar, a grandes temperaturas e sob fortes
pressões.
Aplicações
O gás natural é empregue
diretamente como combustível, tanto em indústrias, casas e automóveis. É
considerado uma fonte de energia mais limpa que os derivados do petróleo e o
carvão. Alguns dos gases de sua composição são eliminados porque não possuem
capacidade energética (nitrogênio ou CO2) ou porque podem deixar resíduos nos
condutores devido ao seu alto peso molecular em comparação ao metano (butano e
mais pesados).
Combustível: a sua combustão é mais limpa e dá uma vida mais longa aos equipamentos que utilizam o gás e menor custo de manutenção.
Combustível: a sua combustão é mais limpa e dá uma vida mais longa aos equipamentos que utilizam o gás e menor custo de manutenção.
Automotivo: utilizado para motores de ônibus,
automóveis e caminhões substituindo a gasolina e o álcool, pode ser até 70%
mais barato que outros combustíveis e é menos poluente.
Industrial: utilizado em indústrias para a produção de metanol, amônia e uréia.
Industrial: utilizado em indústrias para a produção de metanol, amônia e uréia.
As desvantagens do gás natural em
relação ao butano são: mais difícil de ser transportado, devido ao fato de
ocupar maior volume, mesmo pressurizado, também é mais difícil de ser
liquificado, requerendo temperaturas da ordem de -160 °C.
Algumas jazidas de gás natural podem
conter mercúrio associado. Trata-se de um metal altamente tóxico e deve ser
removido no tratamento do gás natural. O mercúrio é proveniente de grandes
profundidades no interior da terra e ascende junto com os hidrocarbonetos,
formando complexos organo-metálicos.
Actualmente estão sendo investigadas as
jazidas de hidratos de metano, que se estima haver reservas energéticas muito
superiores às actuais de gás natural.
Moçambique: Grandes
reservas de gás elevam importância económica
O volume das descobertas de gás natural
efectuadas nos últimos 5 meses no offshore do Norte de Moçambique é um dos
assuntos que mais atenções concita nos meios petrolíferos internacionais –
especialmente no sector das companhias “gasistas”, uma das quais, ENI, é parte
do consórcio originário da mais recente descoberta.
O estatuto de grande produtor mundial de
gás que a grandeza das reservas estimadas garante futuramente a Moçambique,
somado aos de grande produtor de carvão e de energia, está igualmente a
alimentar conjecturas segundo as quais o país tende a passar por uma
transfiguração do tipo “hot spot” em português ´´Area Popular``.
A maior importância que os EUA passaram
a conferir a Moçambique, é considerada reflexiva de projecções de acordo com as
quais a economia do país, tida até agora como débil, passou com a descoberta de
gás a dispor de condições privilegiadas para adquirir dimensão suficiente para
atrair investimento e fomentar concorrência.
A companhia operadora do consórcio
activo na maior descoberta, Anadarko Petroleum, é norte-americana. Em anos
anteriores já haviam sido efectuadas outras descobertas, mas sempre
consideradas desprovidas de interesse comercial. Perfurações mais recentes,
efectuadas pela Sasol, no Sul, costa de Vilanculos, foram também infrutíferas. A passagem de Moçambique
à categoria de grande produtor mundial de gás e, eventualmente, de outros
hidrocarbonetos, representará, em conjunto com o carvão e a produção de energia
eléctrica, uma fonte substancial de receitas, em razão da qual deixará de depender,
como até agora, da ajuda externa. (60% de apoio ao orçamento)
O fim da ajuda externa ou a redução da
sua importância será proporcional a uma acentuação da independência do Governo
para traçar as suas próprias políticas e a um definhamento da capacidade dos
doadores para pressionarem a governação. Prevê-se também que o fenómeno conduza
a um aumento da corrupção.
O gás Natural e o Ambiente
Actualmente, o gás natural tem sido
utilizado como combustível alternativo, em substituição dos combustíveis derivados
do petróleo bruto, por ser uma fonte de energia que polui menos do que os
restantes combustíveis fósseis.
O gás natural, por ser volátil, tem a
vantagem de não ser derramado, como acontece com o petróleo bruto em caso de
acidentes. Em caso de fuga, este sobe para camadas superiores da atmosfera por
ser menos denso do que o ar localizado nas suas camadas mais inferiores.
O gás natural é ambientalmente mais
limpo que qualquer outro combustível fóssil, pois forma menos fuligem e menos
dióxido de carbono quando queimado.
Estudos comparativos feitos sobre o impacto
ambiental do uso do gás natural como combustível em automóveis (GPL) mostram,
por exemplo:
Quantidades equivalentes de energia
produzidas à base da queima de gás libertam cerca de menos 30% de dióxido de
carbono (CO2) comparativamente à queima do petróleo, e cerca de menos 45% de dióxido
de carbono (CO2) em relação à queima do carvão mineral;
Um carro a gás liberta menos 79% de
monóxido de carbono (CO) e menos 65% de óxido de nitrogénio (NOx) para a
atmosfera do que um carro a gasolina. Além disso, os carros movidos a gás
libertam óxidos de enxofre (SO2 e SO3) nem fuligem como os carros movidos a
Diesel.
Bibliográfia
José António P. De Barros, livro do aluno, Química 10ª Classe (De acordo com o novo Programa), plural Editores.
José António P. De Barros, livro do aluno, Química 10ª Classe (De acordo com o novo Programa), plural Editores.
Internet
WikipédiaPDF: www.wikipedia.com e Info escola: www.infoescola.com
WikipédiaPDF: www.wikipedia.com e Info escola: www.infoescola.com
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