Órgãos dos sentidos
Durante a sua evolução, os animais desenvolveram estruturas que lhes possibilitaram a percepção de factores ambientais físicos e químicos.
Funções gerais dos órgãos dos sentidos
A capacidade sensorial de um organismo permite não só reconhecer, mas também analisar a cada instante o ambiente, verificando se ele `e compatível com as suas funções vitais. Quando mais informações o organismo obtiver acerca do meio ambiente e quanto mais detalhadas elas forem, melhores condições ele terá de adaptação e sobrevivência.
Dos sentidos dependem a busca do alimento, fuga dos predadores, o encontro sexual, a protecção, etc.
Receptores
Os animais obtêm as informações sobre as condições internas e externas do seu corpo por meio de células sensíveis, denominados receptores sensoriais.
Um receptor sensorial pode ser um neurónio modificado (célula neurossensorial) ou uma célula epitelial especializada (célula epitélio - sensorial), conectada a neurónios.
As células sensoriais distribuem-se pela superfície da pele e também constituem os órgãos dos sentidos.
De acordo com a natureza do estimulo que são capazes de captar, os receptores sensoriais podem ser classificados em quatro tipos básicos:
· Quimiorreceptores: especializados na detecção de substancias químicas. Para a maioria dos animais, os receptores químicos tem importância vital. O paladar por exemplo, permite distinguir o que pode ou não ser comido. Existem animais que apresentam receptores gustativos dentro e fora da boca, podendo perceber o sabor dos alimentos antes de ingeridos.
· Termorreceptores: especializados na captação de estímulos da natureza térmica. Na espécie humana, há termorreceptores distribuídos por toda pele, ligeiramente mais concentrados nas regiões da face, dos pés e das mãos.
· Mecanorreceptores: especializados na captação de estímulos mecânicos, tais como a compressão. Pode-se distinguir dois tipos de Mecanorreceptores: os fonereceptores, capazes de detectar variações na pressão do ar e os estatorreceptores, que detectam a posição do corpo em relação `a forca de gravidade. Os ouvidos, por exemplo, actuam simultaneamente como fonorreceptores capazes de captar ondas sonoras e como órgãos de equilíbrio.
· Fotorreceptores: especializados na captação de estímulos luminosos. Os olhos são fotorreceptores altamente especializados.
Estrutura e função de Órgãos dos sentidos
A capacidade de fotorrecepcao existe ate em alguns seres unicelulares, dotados de uma estrutura pigmentada, que permite reacções das células as variações claro-escuro do ambiente. Em animais simples, por exemplo medusas, existem estruturas pigmentadas e fotossensíveis (ocelos), que permitem apenas variações na intensidade luminosa. Eles não formam imagens. As planarias possuem olhos simples que se espalham por toda a superfície corporal. As estruturas formadoras de imagens são os olhos, presentes em artrópodes, moluscos cefalópodes e vertebrados. Os insectos apresentam olhos compostos, constituídos por omatideos, unidades receptoras que formam imagens independentes. `e nos vertebrados que o olho atinge alta capacidade de percepção de imagens. O olho humano `e capaz de perceber cores.
O olho humano
O olho humano `e um órgão capaz de transformar energia luminosa em nervoso. Ele tem forma esférica e a sua parede `e formada, de fora para dentro, por três camadas:
- a) Esclerótica: `e a camada branca, cuja região central constitui a corneia: A corneia è considerada uma lente convergente cuja superfície `e lubrificada pela lágrima, segregada pelas glândulas lacrimais. A corneia `e transparente e permite a passagem de luz. A sua curvatura `e fixa.
- b) Coroide: `e rica em vasos sanguíneos, que garantem a alimentação dos tecidos do olho. Tem pigmentos que formam a câmara escura, semelhante `a de uma máquina fotográfica. A coroide forma a íris. O disco colorido do olho. No dentro da íris há um orifício de tamanho regulável - a pupila – por onde a luz penetra no globo ocular.
Fibras nervosas provenientes da parte interna de cada olho cruzam o encéfalo antes de atingirem os centros da visão do córtex cerebral, localizados na parte consterior do cérebro .já as fibras provenientes da parte externa de cada olho derigem-se aos lados correspondentes do córtex visual, sem si cruzarem. Assim, os dois centros visuais de cada hemisfério cerebral recebem fibras de ambos os olhos. Cada olho vem as imagens de ângulos diferentes. A sobre posição dessas imagens `e que permite a visão binocular e em três dimensões.
A capacidade de variação da convergência do cristalino è chamada a comodacao visual. Ela depende da acção de fibras e músculos ciliares presos na sua perifelha. Quando si observa um objecto `a distancia, o cristalino esta ligeiramente sobre tensão e tem pequena espessura. `a medida que si aproxima o objecto dos olhos, o cristalino aumenta de diâmetro, aumentando com isso a sua convergência e, dentro dos certos limites, o objecto ainda permanece em foco.
Os bastonetes são mais numerosos que os cones, distribuindo-se mais na região periférica da retina. Ele tem maior sensibilidade `a luz, sendo responsável pela percepção de formas.
O ouvido humano
Tanto o sentido do equilíbrio como o da audição dependem da acção de mecanorreceptores, células dotadas de pelos que detectam a movimentação de partículas sólidas ou de liquido. Nos vertebrados, esses mecanorreceptores estão localizados no ouvido.
O ouvido externo `e constituído pelo pavilhão auditivo e pelo canal auditivo. O pavilhão auditivo `e uma projecção de pele, encontrada por tecido cartilaginoso. O epitelio que reveste o canal auditivo `e rica em células secretoras de cera, cuja a função `e reter partículas de poeira e microrganismo, protegendo assim as partes internas do ouvido.
O ouvido médio, separado do ouvido externo pelo tímpano, `e um canal estreito e cheio de ar.
No interior do ouvido médio existem três pequenos ossos, alinhados, em sequencia: martelo, bigorna e estribo.
No ouvido interno encontram-se a coclea (ou por caracol) e os canais semicirculares.
O pavilhão auditivo funciona como uma concha acústica que, capta os sons e os direcciona para o canal auditivo.
Liquido faz vibrar membrana basilar e as células sensoriais auditivas. Tais células ficam agrupadas no chamado órgão de corte, ou longo de todo o caracol, e são estimulados directamente pela pressão que a endolifa exerce sobre a delicada e flexível membrana desse órgão. Os pelos que se encontram nesse tipo de célula geram impulsos nervosos, que são transmitidos pelo nervo auditivo ao centro de audição do cortes cerebral.
Outra região importante do ouvido `e o labirinto, formado por uma câmara, o vestíbulo ligada a três canais semicirculares, disposto em três planos perpendiculares entre si. Na base de cada canal há uma dilatação, a amploa, `e internamente a ela, grupo de neurónios designados neuromastico. O labirinto `e também preenchido pela endolifa, na qual fica dispersos grânulos de cálcio, os otolios. Eles são responsáveis pela estimulação directa dos neuromastos quando há uma corrente ou um deslocamento da endolifa.
A língua o nariz e a pele
Na espécie humana os receptores de paladar estão localizados na língua, agrupados pequena saliências chamadas papilas gustativas. Existe quatro tipos de receptores gustativos, capasses de reconhecer os quatro sabores básicos: doce, azedo, salgado e amargo. Tais substâncias estimulam as células sensoriais quando entram em contacto directo com as suas microviosidades. De cada papila gustativa sai uma vibra nervosa através da qual o impulso nervoso chega ao cérebro, onde temos consciência do gosto.
O sentido de olfacto `e produzido pela estimulação do epitelio olfactivo, localizado no recto das cavidades nasais. Existem alguns tipos básicos de células de olfacto, cada uma com receptores para um tipo de odor. Os milhares de tipo de diferentes cheiros que uma pessoa consegue distinguir resultariam da integração de impulso gerados numa região localizada no cérebro que constitui o centro olfactivo.
A pele ` e o maior órgão sensorial do homem. Recebe diversos tipos de estímulo que são enviados ao encéfalo. Há uma grande área cerebral responsável pelas coordenações das funções sensoriais da pele, em particular das mãos e dos lábios.
Muitos dos receptores sensoriais da pele são terminações nervosas livres algumas delas detectam a dor, outras detectam o frio e outras o calor.
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